Projeto: Família e Escola em Parceria: Trabalhando para o Crescimento dos Alunos através de uma Comunicação de Qualidade
“O ato de planejar é sempre processo de
reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de
necessidades e racionalização de emprego de meios materiais e recursos humanos
disponíveis visando à concretização de objetivos em prazos determinados e
etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. ” (PADILHA. 2001, p. 30)
Sabemos
que nosso papel como Orientador Pedagógico é de gestor escolar; assim, este
deve ser responsável, além de outras coisas, pela prestação de assessoria
didático-pedagógica aos educadores e educando, fazendo uma ligação de ambos com
os familiares dos alunos, garantindo, com isso, o crescimento do mesmo.
Contudo,
foi-nos pedido como projeto do quinto período o conhecimento pertinente à ação
do supervisor de ensino e do orientador educacional como “parceiros” do docente
no seu cotidiano profissional.
Desta
maneira, como resposta a tal, apontamos que, como Orientadores, devemos
acompanhar o processo ensino-aprendizagem de nossos alunos, não de forma
passiva, mas atuando junto a eles. E só isto não basta, devemos proporcionar,
antes de tudo, um diálogo (uma comunicação de qualidade) entre todos os atores
escolares e as famílias. E por que isso? Porque sabemos o quão difícil é se
comunicar com clareza.
A
indicação da temática a ser trabalhada precisa refletir a necessidade a ser
superada, e a necessidade encontrada por nós foi o problema de diálogo entre
alunos e professores (vice-versa), professores e pais (vice-versa);
atrapalhando, assim o rendimento escolar e o aprendizado do docente. E como o
Orientador deverá trabalhar? Qual o papel do Supervisor em tudo isso?
Desta
forma, podemos apontar, em linhas gerais, que o papel do Orientador é de trabalhar
diretamente com os alunos, ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal; ou em outros
momentos em parceria com os professores, para então compreender o comportamento
dos alunos e agir de maneira adequada em relação a eles; com a escola, na
organização e realização da proposta pedagógica; e, por fim, com a família,
orientando, ouvindo e dialogando com pais e responsáveis (que é um dos focos de
nosso trabalho).
Para
que todo o processo estivesse em harmonia, teremos o Supervisor Escolar como
parceiro em nosso cotidiano escolar. Ou seja, segundo o conceito clássico de
Nérici (1987), “de que a supervisão escolar consiste no serviço de
assessoramento a todas as atividades que tenham influência no processo de
ensino e aprendizagem, para que as necessidades e aspirações dos educandos
sejam mais eficientemente atendidas”.
Em
suma, o intuito deste projeto é justamente trazer a realidade da escola a
importância da comunicação. E tal tema vale muito a pena ser trabalhado, pois a
falta de diálogo é um dos maiores problemas encontrados, dentro e fora da
escola.
2. Situação-problema
Como
situação-problema encontrada referente a “falta de diálogo”, ou até mesmo “a
comunicação errada e com ruídos”, sendo esta mal interpretada e com algumas
resistências entre a escola e família, alunos e professores, o propósito deste
projeto é de que tal situação seja solucionada por meio de intervenção
pedagógica.
Nossa
temática é acerca da: Família e Escola em Parceria: trabalhando
para o crescimento dos Alunos através de uma comunicação de qualidade.
Como
nos é bastante observado no ambiente escolar, parece-nos que professor e pais
não falam a mesma “língua”, havendo muitas das vezes o desentendimento dos
mesmos. Tais problemas não são solucionados em simples reuniões bimestrais,
trimestrais ou semestrais (dependendo da escola e do perfil adotada por ela
para a realização das reuniões com os pais).
Necessário
é haver um tempo maior para tais conversas, para que pais e professores possam
ser parceiros na educação dos alunos, não apenas rivais, como muitas das vezes
presenciamos, onde os pais parecem querer “puxar o tapete” do professor, ou
culpa-lo por mazelas que acontecem com seu filho (a). Outro detalhe peculiar
observado era que tanto os pais, como os professores, jogavam um a culpa no
outro, mediante a problemas dentro e fora de sala de aula. Para isso, deverá
haver a intervenção do Orientador, para que haja um consenso sobre tais
assuntos e apontar a obrigação de cada um, mediante ao aluno e filho. Parece
até um jogo de empurra-empurra onde não aparecem os culpados e os que mais
sofrem são os alunos, que ficam no meio desta discussão sem fim.
De
fato, nos é claro que ambos, escola e família, estão perdidos, mediantes as
muitas transformações existentes em nosso dia-a-dia, muitas delas causam o
stress, o nervosismo, a falta de paciência, etc., necessitando urgentemente de
ajuda. Elas necessitam mais do que nunca se unirem e enfrentarem as mazelas da
modernidade, necessitam acompanhar as muitas mudanças de forma conjunta, para
que haja, assim, um verdadeiro processo de aprendizagem dos alunos, pois a
maior necessidade é que haja uma interação, uma ajuda mútua, na busca de um
objetivo em comum: trabalhando para o
crescimento dos Alunos através de uma comunicação de qualidade.
Neste
período de estágio presenciamos tais realidades que nos deixaram desconfortáveis,
pois pouco diálogo havia entre pais e professor, e pouca intervenção do
Orientador nesta questão.
Trabalhar
com a temática de uma comunicação saudável e direta não é tarefa fácil, mas
vale muito a pena, pois os resultados melhorarão, e muito, o diálogo entre
família e escola.
Para
tal, o Orientador é essencial para fazer o elo entre estes: Escola e Família.
Desta forma, também, o Supervisor será de grande valia. Ou seja, ele serve de elo
entre educadores, pais e estudantes, atuando, contudo, para administrar
diferentes pontos de vista.
3.
Público-alvo
Como
já fora anteriormente citado, nosso público alvo serão não apenas os alunos e
os professores, mas também os pais destes alunos, de forma a haver uma
interação entre escola e família.
Para
que aja esta briga e este empurra-empurra na hora de apontar os erros, devemos,
como Orientadores, intervir e solucionar este grande problema, que muitas das
vezes é deixado de lado, por se tratar de algo delicado. E teremos como aliados
o Supervisor, que tem como papel de estabelecer o posicionamento de se envolver,
de agir, de participar interagindo na comunidade dos relacionamentos na escola,
em sala de aula nas quais os alunos estão inseridos, e fora dela também.
4.
Objetivos
“Costuma-se
dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à
criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e a escola
instruí-lo, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na
luta pela sobrevivência” (OSORIO, 1996, p.82).
Assim,
podemos afirmar que fazer um elo entre a escola e os pais ou responsáveis e a
comunidade é uma das funções mais importantes do orientador educacional. Para
tanto, podemos citar:
“A
escola e a família são instituições que têm em comum a preparação dos jovens
para o desenvolvimento social, sendo ambos os grupos ponto de referência nos
quais vivemos e atuamos. É função da escola, além de estudar os jovens, ensinar
os conteúdos específicos dos diversos ramos do conhecimento, o que faz com que
se diferencie da função da família, que tem uma ação educativa voltada para a
construção de valores, sentimentos e emoções (SZYMASKY, 1997).
Contudo,
ao pensarmos no trabalho do orientador mediante às famílias, é essencial ouvir
e identificar seus valores e modos de verem a vida; assim, ele poderá detectar
que a família espera da escola e, desta forma, convidá-los a participar da
mesma, não a vendo de forma passiva, mas ativa. Tudo isso deve levar a família
a sentir acolhida e compreendida para que se construa com isso um elo de
confiança e parceria. Porém, se a mesma estivar atuando de forma errada e,
contudo, atrapalhando no ensino-aprendizado de seu(s) filho(s), deverão, de
forma ética e adequada, sem causar constrangimento, serem chamados a atenção.
Portanto,
estes questionamentos apontados trazem em si uma grande complexidade que
necessita, entretanto, de um “olhar diferenciado” dos educadores e orientadores
a respeito dos modos de educação e do conceito de família que se transforma à
medida que a sociedade também sofre tais mudanças e evolui.
“se há
concordância acerca do conteúdo, método e da qualidade do ensino oferecido pela
escola, isto é, apoio tácito dos pais/mães, e aprendizagem satisfatória dos
filhos/as, isto é, convergência positiva do aproveitamento individual e da
eficácia escolar, tudo vai bem nas relações família-escola. Mas se os
resultados são insatisfatórios ou deficientes... então há problemas. Portanto,
a relação família-escola basicamente depende de consenso sobre a filosofia e
currículo (adesão dos pais/mães ao projeto-pedagógico da escola), e de
consciência entre, de um lado, concepções e possibilidades educacionais da família
e, de outro, objetivos e práticas escolares. A relação família-escola também
será variavelmente afetada pela satisfação ou insatisfação de professoras e de
pais/mães, e pelo sucesso ou fracasso do/a estudante”. (Carvalho, p20)
Desta
forma, nosso objetivo é que o Orientador, juntamente com o Supervisor, elabore
palestras sobre “comunicação”, sobre a importância do diálogo entre a Escola e Família.
Com
isso, para que ambas - família e escola – possam trabalhar em conjunto, é
necessário que a escola seja encorajada ao exercício do debate, crítica, sendo
estes abertos a “ouvir” o que a família tem a dizer e ajuda-los em suas
limitações.
Desta
forma, tal projeto pretende discutir sobre problemas de diálogo entre escola e
família; solucionar tais falhas nessa comunicação; alcançar um equilíbrio entre
essas partes, havendo, assim, uma parceria entre ambas, afim de proporcionar o
crescimento dos alunos.
O que
pretendemos, contudo, é a implementação de palestras, tanto para os pais como
para os professores, podendo com isso solucionar tais problemas existentes na
escola - seja a escola particular ou pública.
Desta
forma, os pais deverão entender seus limites e onde estão errando e acertando
quanto a esta temática; de igual forma os professores, pois deverão trabalhar
em parceria, não como “gato e rato”, como nos é bem notado no cotidiano
escolar.
Por
fim, queremos apontar as deficiências que há neste setor, que é pouco
trabalhado, caminhando para uma integração e entendimento entre ambos.
5.
Embasamento Teórico
“Uma
ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois, a
muita coisa mais que a uma informação mutua: este intercâmbio acaba resultando
em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao
aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao
proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola,
chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades...” (PIAGET, 1972, Apud
JARDIM, 2006, p.50)
Partindo
dessa ideia apontada a seguir, e de outras que ainda serão sugerias, notamos a
importância da interação entre família e escola, afim de haver um crescimento
maior do aluno, dentro e fora do ambiente escolar.
Entretanto,
antes de entrarmos propriamente dito no tema proposto por nosso projeto, iremos
apontar de forma sucinta o papel do Orientador e Supervisor, visando melhor
entendimento de onde queremos chegar.
Como
nós é sabido, o papel do Orientador
Educacional, na contemporaneidade, vai muito além da mera “orientação
vocacional” e das obrigações atuais da lei – conforme fora aprendido na matéria
de Orientação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional. Ele, por sua vez,
está cada vez mais consciente de seu papel, realizando um trabalho de forma
interdisciplinar (esta diz respeito à integração de todos os saberes, sejam de
ordem disciplinar ou atividades; o que demanda, assim, uma nova atitude, por
meio do educador, diante do conhecimento, tendo tal prática interdisciplinar a
necessidade de humildade, espera, desapego, coerência e, por fim, respeito).
Desta
feita, não apenas alunos e professores são alvos do Orientador, mas também
entram os funcionários em geral, demais técnicos, a comunidade onde a escola se
situa e, por fim, os pais ou responsáveis – a família em si.
Assim,
podemos apontar onde este Orientador Educacional deverá atuar dentro da escola:
ü Na
Orientação Escolar;
ü Relação família-escola (que
é o foco de nosso projeto);
ü Relação
escola-comunidade;
ü Orientação
em relação à saúde;
ü Relações humanas (que
é de muita importância e relevância ao nosso projeto em citar tal elemento);
ü Orientação
para o lazer;
ü Orientação
vocacional e para o trabalho;
ü Acompanhamento
pós-escolar.
Desta
feita, o Orientador deve seguir a nova ordem pedagógica que se subdivide em:
fazer, ser, conhecer e fazer.
Contudo,
queremos ressaltar, também, como o Orientador poderá colaborar com à direção
escolar, para assim tornarem o espaço da escola mais harmonioso e completo; são
eles:
ü Participar
das decisões tomadas e contribuir para o bom encaminhamento das questões
administrativas;
ü Auxiliar
na organização das classes, horários (da escolha das turmas pelo professor, das
atividades complementares, estudo do meio, festas, reuniões (que é nosso foco neste projeto), enfim, quando auxiliar na
organização técnico-pedagógico do trabalho educativo.
ü Propor
assuntos de comum interesse educacional para serem debatidos e concluídos em
reunião (o que nos é muito relevante);
ü Realizar
programações comuns e distribuir responsabilidades pela execução e avaliação
das mesmas (CP/OE).
Agora
falando um pouco sobre o papel do Supervisor
Escolar, notamos que se trata de um:
“Processo
que tem por objetivo prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e
avaliação das atividades educacionais em nível de sistema ou de unidade
escolar, tendo em vista o resultado das ações pedagógicas, o melhor desempenho
e o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação de
ensino-aprendizagem”. (PRZYBYLSKI, s/d, p.16)
Assim,
de forma resumida, o papel deste é de, segundo Ferreira (2008, pp. 89-99):
ü Quanto
ao planejamento: coordenação, construção e elaboração coletiva do projeto
acadêmico/educacional, implementação coletiva, coordenação da “vigilância”
sobre seu desenvolvimento e necessárias reconstruções;
ü Quanto
à gestão: coordenação, propriamente dita, de todo o desenvolvimento das
políticas, do planejamento e da avaliação – projeto acadêmico/educacional,
construído e desenvolvido coletivamente.
ü Quanto
à avaliação: análise e julgamento das práticas educacionais em desenvolvimento
com base em uma construção coletiva de padrões que se alicercem em três
princípios/posturas intimamente relacionadas: a avaliação democrática, a
crítica institucional e a criação coletiva e a investigação participante e
continuada;
ü A
todos esses elementos - estudar muito e continuamente, individualmente e
coletivamente, discutindo conceitos e formas de elaboração prática de
estratégias de ação pedagógica
Assim,
faz-se necessário a família, trabalhando juntamente com a escola, na construção
do projeto educacional. Desta forma, haverá um diálogo entre família e escola,
orientador e supervisor. E para que tal verdade seja alcançada, previamente a
família deve se acostumar a fazer parte da realidade escolar, caso eles não o
façam. Entender que não deve haver disputa entre família e escola, mas enxergar
a possibilidade de parceira.
Embora
haja projetos como: Programa Escola da Família, o qual tem como objetivo o de colocar
a comunidade dentro da escola, através de oficinas que trabalham com esporte,
cultura e saúde. Assim temos o Decreto nº 48.781, de 7 de julho de 2004, o que Institui
o Programa Escola da Família - desenvolvimento de uma cultura de paz no Estado
de São Paulo e dá providências correlatas, mediante GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR
DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e à vista do disposto
no artigo 3º da Lei nº 11.498, de 15 de outubro de 2003,
Decreta:
Artigo
1º - Fica instituído o Programa Escola da Família - desenvolvimento de uma cultura
de paz no Estado de São Paulo, com o objetivo de desenvolver e implementar ações
de natureza preventiva destinadas a reduzir a vulnerabilidade infantil e
juvenil, por meio da integração de crianças e adolescentes, a fim de colaborar
para a construção de atitudes e comportamentos compatíveis com uma trajetória
saudável de vida.
Artigo
2º - O Programa Escola da Família tem como proposta a abertura das escolas públicas
estaduais aos finais de semana, com o propósito de atrair os jovens e suas famílias
para um espaço voltado à prática da cidadania, onde são desenvolvidas ações socioeducativas,
com o intuito de fortalecer a autoestima e a identidade cultural das diferentes
comunidades que formam a sociedade paulista.
Parágrafo
único - O Programa será desenvolvido mediante diretrizes estabelecidas pela Secretaria
da Educação.
Além
desse também temos: Plano de Mobilização Social pela Educação, elaborado pelo
(MEC), que tem como fundamento a educação como um direito e dever das famílias,
tendo em vista que, em suas palavras:
“Quando
a sociedade incorporar a educação como valor social e se mobilizar para que
todos e cada um dos brasileiros tenham educação de qualidade será possível
responder a esses desafios. Essa é a razão para o chamado feito pelo Ministério
da Educação aos diversos segmentos sociais para que participem do esforço pela
implementação do PDE em prol da melhoria da educação brasileira”.
Desta
forma é destacado por eles, como foco da mobilização as Famílias: pais, mães e responsáveis por alunos das escolas
públicas da educação básica crianças; os Conselhos Escolares; Escolas:
diretores, professores, coordenadores, demais profissionais). Tendo como lógica
deste processo:
Atividades: resultados da leitura das
diretrizes do Plano de Metas do PDE Atores-chave: lideranças dos diversos
segmentos sociais e voluntários (mobilizadores)
Público a ser mobilizado: famílias e
comunidade; escolas e conselhos escolares; órgãos de controle e proteção à
criança e ao adolescente.
Para o
Plano de Mobilização Social pela Educação, a Lógica da Mobilização deve ser
dividida assim:
“A
família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção
integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou
da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos
e, sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus
componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é
em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se
aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem
as marcas entre as gerações e são observados valores culturais”.
Porém
não basta colocar as crianças na escola, é preciso acompanhá-las frequentemente
e ajudá-las.
Todavia,
se a família a coloca na escola, mas não a acompanha pode gerar na criança um
sentimento de negligência e abandono em relação ao seu desenvolvimento.
“Por
falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas caóticas e
desordenadas, que se refletem em casa e quase sempre, também na escola em termo
de indisciplina e de baixo rendimento escolar” (MALDONADO,2002 Apud JARDIM,
2006, p.20).
Assim,
em linha gerais, não basta somente abrir a escola nos finais de semana, afim de
juntar pais e filhos, deve acontecer antes disso um preparo, e este preparo
deve ser o “diálogo” entre família e escola, pais e filhos.
6.
Percurso metodológico
Como
percurso metodológico, que entendemos como: o que envolver como caminhos a
serem trilhados para alcançar os objetivos pretendidos (atividades,
estratégias, habilidades, trato interdisciplinar, envolvimento dos segmentos da
escola, construção coletiva).
Entretanto,
quanto aos métodos, seriam necessários: a realização de palestras sobre a
importância da comunicação e como isso pode ser alcançado.
Enfim,
tal palestra será realizada em etapas: num primeiro momento, separadamente, com
os alunos; posteriormente, da mesma forma, com os professores; e, por fim, com
os familiares. Num último encontro, de forma mais prática, serão envolvidos
todos, podendo ser dentro, ou fora do ambiente escolar.
E por
que isso é necessário? Para que haja uma educação de qualidade deve haver,
antes de tudo, uma boa comunicação e postura, dentro e fora do ambiente
escolar. Tal realidade será não só importante para o “aqui e agora”, mas para a
posteridade; porque a escola também é lugar de interação com o outro, e para
que isso ocorra eficazmente é necessário saber se comunicar.
E por
que incluir professores e familiares? Para que haja uma boa relação entre a
comunicação de ambos, pois isto será de grande valia para a aprendizagem dos
alunos.
7. Recursos
Como
recursos, contaremos com a disponibilidade humana, sendo este que torna exequível
o projeto.
Segundo
já abordamos bastante, o tema proposto é de conciliar a família ao seio
escolar. Para isso, será necessário:
ü Palestra
(trazendo a realidade atual na escola e mundo, e como pais e professores têm
que se atualizarem a essa nova realidade, sendo parceiros);
ü Reuniões
(onde possam ser ouvidos os pais e os professores);
ü Atividades
em finais de semana (dentro, ou fora, do ambiente escolar; podendo, desta
forma, pôr em prática elementos aprendidos).
Quanto
ao recurso material, será interessante a confecção de uma breve apostila sobre
os pontos importantes sobre como se deve portar a família e a escola, para que
haja uma interação satisfatória.
.
8.
Cronograma de Atividades
Como
cronogramas das atividades, podemos ressaltar que, segundo o tema escolhido,
deverá ser realizado, assim no começo do ano letivo, uma palestra com todos os
familiares sobre a importância dos mesmos no processo de ensino-aprendizagem de
seus filhos, apontando como estes deverão agir para que haja um elo entre eles
e a escola.
Posteriormente,
o orientador deverá realizar reuniões com os professores e, de igual forma com
os pais, afim de ouvi-los e auxiliá-los quanto a mudanças necessárias. Nesta
reunião poderá se dá mensalmente, ou trimestralmente, vendo possibilidades de
presença da família na mesma.
E, por
fim, pode-se ser trabalhado tais elementos aprendidos em festas comemorativas
(dia das mães, pais, etc.) ou até mesmo fora do ambiente escolar. Isto ficará a
critério da escola. Uma sugestão seria no final de ano fazer uma festa, com uma
breve palestra, apontando os alvos conquistados aquele ano, tendo, por fim, um
momento de confraternização entre família e escola, reafirmando ainda mais
laços de amizade e comprometimento.
9. Avaliação
“A avaliação significativa
se faz no próprio processo, como parte dele, enquanto ele se desenvolve, sem
que, para isto, se deva sempre realizar uma parada formal” (GANDIN, 2000).
Este é
um procedimento que mostra se o que está sendo desenvolvido avança na direção
dos objetivos. A avaliação é constante e mostra como vai indo o desenvolvimento
do projeto.
Desta
maneira, a avaliação será desde o início ao fim. Visando o trabalho coletivo e
individual.
Não
deve se tratar de “supostas notas” que a escola receberá, ou até mesmo os pais,
alunos, etc., mas como alcançaremos o nosso alvo que é: O Crescimento do corpo
docente.
Assim,
ao nos reunirmos com os professores em conselho escolar, devemos apontar onde
progredimos e regredimos, afim de haver mudanças positivas. Ainda mais que
teremos palestras que nos ajudarão no quesito “comunicação”.
Por
fim, esta avaliação será, também, pelo Supervisor do setor em suas visitas à
nossa unidade escolar, que encaminhará um relatório à Secretária da Educação ao
final do ano escolar.
10.
Considerações Finais
Em
suma, baseando-se na necessidade de valorizar, e sabendo que o ato de educar
depende, essencialmente, de uma relação entre família e escola. Para tal, deve
haver como ponte entre ambos, sendo este o orientador.
Desta
feita, não apenas alunos e professores são alvos do Orientador, mas também
entram os funcionários em geral, demais técnicos, a comunidade onde a escola se
situa e, por fim, os pais ou responsáveis – a família em si.
Tudo
isso será realizado como uma grande equipe que a escola é. E como diz o ditado:
Sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe. E queremos ir mais
longe. Assim, tão importante é ligar esta ponta a escola e a estende-la aos
familiares.
Por
conseguinte, não deve existir entre o Supervisor de Ensino e o Orientador uma
tensão educacional, pois o papel deste é de auxiliar, criando uma equipe forte,
para que o trabalho escolar possa se dar de forma completa – Supervisor
auxiliando Orientador, que por sua vez dialoga com os atores da escola, alunos
e pais, fechando o círculo da Educação de qualidade.
11.
Referências Bibliográficas
LAGAR, Fabiana;
SANTANA, Bárbara Beatriz de; DUTRA, Rosimeire. Conhecimentos Pedagógicos para
Concursos Públicos. 3. ed. – Brasília: Gran Cursos, 2013.
Sites
de Pesquisa:
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/escola-familia-como-parceiras
423328.shtml. Acesso em 25 de março de 2016
http://coordenadoraalinesobral.blogspot.com.br/2012/11/projeto-do-coordenadora-pedagogica.html. Acesso em 25 de março de 2016
http://gestaoescolar.abril.com.br/comunidade/palavrinha-familia-50743.shtml. Acesso
em 25 de março de 2016
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/19026/o-papel-do-supervisor-escolar. Acesso em 25 de março de 2016
<http://escoladafamilia.fde.sp.gov.br/v2/Arquivos/Regulamento/Decreto%20n%C2%BA%2048.781%20-%20Programa%20Escola%20da%20Fam%C3%ADlia.pdf> Acesso em 01 de junho de 2016
<http://mse.mec.gov.br/index.php/92-destaque-principal/destaque/164-o-que-e-mobilizacao-social-pela-educacao>
Acesso em 01 de junho de 2016
<http://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/interacao-entre-escola-familia-no-processo-ensino-aprendizagem.htm>
Acesso em 01 de junho de 2016
Proposta muito interessante
ResponderExcluirObrigada... Trarei mais propostas como essas futuramente.
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