Produção e Leitura de Textos: Do tédio ao prazer



Por muito tempo só se pensou em realizar a aula de produção textual e o de leitura dentro da sala de aula, ou até mesmo, se o professor fosse um pouco mais criativo, na biblioteca. Porém, isso pode ser considerado um grande tédio por boa parte dos alunos.
Pensando nisso, e incorporando a esse nosso mundo, o qual é cercado por tecnologia, que tarefas simples em sala de aula ganham espaços em muitos outros lugares; tais espaços voltados a cultura são os da literatura e cibercultura – novos letramentos.
Tal iniciativa de união do real (sala de aula) com o virtual (redes sociais etc.) serviu-nos de incentivo e alegria. Tantas ideias inovadoras, um leque de oportunidades e novas ares para se trabalhar em sala. E, por que não trazer um pouco da realidade tecnológica para sala de aula, que muitas das vezes ainda está presa à padrões obsoletos, da época de nossos pais? Sim, podemos realizar isso e, desta maneira, sentimo-nos extremamente motivados para realiza-los já.
Desta forma, podemos, assim, aliar as leituras feitas em sala de aula ao uso das redes sociais. Contudo, os perfis das redes sociais podem ser estimulantes para a criação de personagens de novas histórias ou para descrever personagens. Deste modo, eles podem se tornar “amigos” nas redes sociais e interagir, de acordo com suas características e o enredo em questão.  

E foi isto mesmo que começamos a realizar na aula de português, do dia 18/04/2017, com nossos alunos do 7º ano A, do Colégio Evangélico Luz, onde leciono. Assim, realizamos a leitura de nosso livro texto, como de costume, sendo a primeira etapa de nosso trabalho.

Após tal feito, dividimos a turma de 16 alunos em duplas, sendo esta a segunda etapa. Neste momento, pudemos perceber o grau de euforia e curiosidade entre eles, ao qual se perguntarem o que iria ser realizado.
Como terceira etapa, explicamos que cada dupla escolheria um personagem dentro da história que já estávamos trabalhando em sala (O rei Arthur e a espada Excalibur).



Desta forma, como quarta etapa, as duplas deveriam escolher um dos personagens da história, tais como: Arthur, Uther Pendragon (pai de Arthur), Merlin, Sir Kay (irmão adotivo de Arthur) etc.

A quinta etapa foi o momento que explicamos o que de fato iríamos trabalhar. Explicamos que este trabalho seria em conjunto com a professora de história – com os elementos históricos do feudalismo - e o professor de informática, com a proposta de literatura e cibercultura – novos letramentos.

Os alunos receberam a proposta muito animados, não paravam de contar a parte mais emocionante da história e como eles dariam continuidade a trama.
Enfim, explicamos como seria realizado o trabalho, o qual seria dividido da seguinte maneira: em sala de aula faríamos as leituras da trama e na sala de informática realizaríamos os perfis das redes sociais – os quais seriam de grande estimulo à criação de uma continuidade a história já conhecida. Assim, novos personagens e novas histórias poderiam ser acrescentadas ao enredo original, porém, não deveriam perder o foco da trama verdadeira – que se passa na idade média, época onde havia o sistema feudal.

Em suma, com tal recurso tecnológico, os alunos poderão se tornar “amigos” nas redes sociais e interagir, de acordo com suas características e o enredo em questão, treinando a escrita, trabalhando a criatividade e criando gosto e prazer pela leitura.
Assim, a interdisciplinaridade poderá ser trabalhada, sendo a matéria de português aquela responsável pela apresentação do texto literário, o qual a matéria de história buscará contextualizar ao texto histórico e a matéria de informática fechará esse círculo, trazendo elementos virtuais e anexando os elementos trabalhados às redes sociais.   
Por conseguinte, podemos sim trabalhar de forma criativa com elementos que eram tão rígidos, tais como leitura e produção de textos. Contudo, pudemos perceber que a aprendizagem ocorreu de melhor forma do que se fosse feita de forma engessada, dentro de quatro paredes, sentados bem alinhados, um atrás do outro e, de preferência, em silêncio. Essa nova geração quebra esse paradigma ultrapassado da pedagogia dos anos 70, 80, 90... O mundo evolui, tudo evolui, até nós mesmos evoluímos e por que a educação tem que ser a mesma? 


Que possamos aprender a ser um pouco mais “maluquinhas”, como a Professora Muito Maluquinha, do livro do Ziraldo, e fazer uma educação renovadora e, contudo, atual.


 Em uma próxima postagem publicarei mais sobre este trabalho.

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